Sustos curam soluços?

sábado, 11 de junho de 2011

Cabelo continua a crescer após a morte?

Verdade 


Resultados: 50% acha que sim; 50% acha que não.

O cabelo nutre-se de gordura corporal, logo enquanto houver reservas, o cabelo continua a crescer.

domingo, 29 de maio de 2011

Como será o futuro de acordo com o Google?

A equipa do site xkcd utilizou o Google para uma função pouco usual: prever os próximos 91 anos da raça humana realizando buscas com termos como "em (ano)", "no ano (ano)", "será que (alguma coisa) no ano (ano)" e outras frases do tipo. O grupo compilou os resultados que mais apareciam para prever o futuro de acordo com o Google.

Entre os resultados da busca, os principais destaques ficam com o fim do mundo (2012), Jesus a voltar à Terra duas vezes (2018 e 2023), a cidade de Atlantes a reaparecer(em 2024) e humanos fundindo-se com máquinas (2045).

Será que o Google irá acertar? Aqui fica a lista:


quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um computador de papel

A PEGA Design & Engineering criou um conceito de computador biodegradável à base de papel reciclado e polipropileno (PP) - um tipo de plástico reciclável. Além de biodegradável, os componentes podem ser facilmente produzidos e  mostram-se bastante eficientes. Graças ao PP, as peças tornam-se mais resistentes por conta da sua flexibilidade e estabilidade térmica, e o Paper PP Alloy é biodegradável, reciclável e reutilizável. Entre outras características, o material é facilmente moldável e pode ser facilmente adaptado a fábricas já existentes. A PEGA D&E espera que, em breve, o Paper PP Alloy possa ser usado no fabrico de computadores portáteis. O produto é de baixo custo e a mudança pode inclusive diminuir os preços dos computadores.
 
 

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Projeto espanhol transforma pessoas em bonequinhos

Um projeto chamado de blablabLAB é desenvolvido em Las Ramblas em Barcelona, na Espanha, e é uma forma das pessoas terem um souvenir de si mesmo, através de uma espécie de impressora 3D que scaneia o corpo do usuário e o transforma num bonequinho em miniatura, esculpido na hora.
No vídeo abaixo, publicado pelo blog
Update or Die, dá para entender melhor como funciona o projeto.

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Mito 4: Problemas fazem cabelos brancos?

VERDADE


Resultados: 57% acha que sim; 43% acha que não

O aparecimento de cabelos brancos, além de estar relacionado com factores genéticos, tem diversas causas: como o stress, a má alimentação, níveis hormonais desregulados,entre outros.

terça-feira, 22 de março de 2011

Mito 3: Voltar a encher garrafas de água pode provocar cancro?


 FALSO 


Resultados:  45% acha que pode;  18% acha que não pode e 36% acha a pergunta absurda

Está cientificamente provado que voltar a encher garrafas de água não provoca cancro. O plástico nunca se transfere, ou seja, não passa as suas moléculas para os líquidos. Contudo, não se deve usar a mesma garrafa muito tempo, porque ela vai-se deteriorando.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Uma lua cheia como não se via há 18 anos!

 
No próximo sábado a lua cheia vai estar mais perto da Terra do que alguma vez esteve nos últimos 18 anos, iluminando o céu a uma distância de "apenas" 356 574 quilómetros.
Geralmente o ponto mais próximo é de 363 104 quilómetros e no sábado estará a 6530 quilómetros mais perto. A influência do satélite da Terra faz-se sentir nas marés mas também nos muitos mitos que alimenta.

terça-feira, 15 de março de 2011

Ciência em Portugal #4 - Entrevista a Sofia Pinto

Um dos objectivos iniciais do nosso projecto era divulgar o trabalho de cientistas portugueses no nosso país e no mundo, bem como ter conhecimento das suas experiências profissionais.
A nossa quarta entrevistada é Sofia Pinto, investigadora portuguesa na área de biomédica, actualmente sediada na Croácia.



1.Em que universidade estudou?

Universidade de Coimbra, Faculdade de Ciências e Tecnologia.


2.Nível de habilitações:

Licenciatura em Engenharia Biomédica.


3.Acha que o curso que seguiu correspondeu às suas expectativas?

Para ser sincera, não tinha criado expectativas. Em parte devido ao facto de que, no ano em que entrei, o curso de Engenharia Biomédica estava a ser leccionado pela primeira vez e, por isso, não havia ninguém para me dizer o que me esperava. Mas no decorrer do curso fiquei de certo modo desiludida na medida em que, sendo um curso novo, nem tudo estava bem pensado e estruturado e, portanto, foi caótico!


4.Deparou-se com alguma dificuldade quando o acabou?

As dificuldades com que me deparei surgiram durante a procura de trabalho que não foi, nem é, uma tarefa fácil: muitos emails enviados e poucos recebidos de volta com algum género de resposta!


5.Em que projectos/programas no estrangeiro participou aquando ou depois de concluir o seu curso?

Durante o 4º ano do curso, estive em Itália ao abrigo do Programa Erasmus. Quando acabei o curso estive num estágio de 3 meses na Croácia no grupo onde estou actualmente a trabalhar.


6.Que razões a levaram a optar por sair do nosso país?

As razões da minha saída são meramente pessoais, em nada relacionadas com a situação das saídas profissionais ou com a ciência em Portugal. Até porque Portugal tem bons centros de ciência, quer nas universidades quer em institutos.

7.Quais as maiores barreiras com que se deparou aquando da mudança?

O começo de uma nova fase! Não é totalmente uma barreira (e viria mesmo que não houvesse mudança de país) mas é aquele ponto de interrogação que me deixa insegura! Depois o deixar a família e amigos, ou melhor, o saber que não iria estar com eles tão frequentemente como gostaria! E por fim, o ir para um país do qual pouco ou nada sabia...é ao mesmo tempo uma aventura e uma incerteza!


8.Quais os aspectos mais positivos e quais os negativos de toda uma experiência de viver longe do seu país, família e amigos?

Não tenho muitos aspectos negativos a apontar, só mesmo o facto de não poder ir a casa mais frequentemente e de na Croácia não haver bom bacalhau! Quanto aos aspectos positivos: conhecer as pessoas, os hábitos e as histórias de um país a recuperar duma guerra que lhe deu independência num passado actual, há cerca de 10 anos.


9.Acha que o nosso país apoia suficientemente os jovens cientistas?

Definitivamente que sim. Em Portugal existem bastantes bolsas de investigação para apoio aos jovens portugueses que querem seguir uma carreira científica (em Portugal ou no estrangeiro) e existem também vários prémios de distinção para o trabalho desenvolvido por jovens cientistas.


10.Pela sua experiência pessoal, relativamente a si e aos seus colegas de curso e colegas de profissão, acha que em Portugal é acessível e breve conseguir um emprego na sua área?

Em 2007, ano em que acabei o curso, muitos dos meus colegas estiveram meses à espera de arranjar trabalho e poucos foram aqueles que tiveram a sorte de encontrar um emprego na área da biomédica. Quem optou por ficar pela universidade a tirar o doutoramento ou como bolseiro de investigação em projectos científicos não teve problemas de maior. No entanto, a Engenharia Biomédica tem a vantagem de ser um curso de engenharia, o que abre possibilidades de trabalho noutras áreas. Actualmente, e infelizmente, o panorama não é muito diferente.


11.Enquanto alunos que somos, temos escolhas e decisões para fazer acerca do nosso futuro. Que opinião e conselhos nos pode dar quanto a seguir uma área das ciências ou enveredar pelo mesmo curso que escolheu?

Na ciência há uma imensidão de áreas! Limitem as escolhas àquelas áreas que realmente vos chamam à atenção e despertam interesse. Informem-se e falem com pessoas que estão nos cursos ou que estão já a trabalhar nas áreas que vocês têm em vista para tentarem ter uma noção do que realmente se faz nessa área, porque por vezes as ideias que temos são erradas. Escolham o que VOCÊS gostam, não o que os outros gostam ou acham que é melhor, e arrisquem! Será a escolha acertada? Por vezes é, por vezes não é!


12.Tenciona voltar para Portugal em breve ou, num futuro próximo, não tem planos para isso?

Em breve quero acabar o doutoramento; num futuro próximo gostaria de voltar a Portugal; e de resto não tenho planos!


13. Sente-se realizada profissionalmente?

Não a 100%, falta qualquer coisa! O facto de não me sentir realizada profissionalmente não significa que não goste da ciência, pelo contrário, acho que é uma área bastante atractiva! No entanto, sinto que não é o que quero fazer para o resto da vida e vejo este facto, não como algo negativo, mas sim como um ponto construtivo! Precisamos de experimentar, de entrar no mundo da nossa escolha para saber se é aquilo que realmente gostamos e queremos fazer!

sábado, 12 de março de 2011

Nanodiamantes ajudam a curar cancro?

Apesar de não terem interesse em joalharia, os nanodiamantes podem fazer diminuir tumores em ratos ao transportar medicamentos de quimioterapia até eles, segundo um estudo recente.
 Um dos autores do estudo sublinha que, com o uso destas partículas, é possível resolver um dos maiores desafios do uso de quimioterapia, que é quando os tumores desenvolvem formas de expulsar os medicamentos. Quando estes estão unidos a uma nanopartícula, a combinação tornar-se-ia grande demais para ser expulsa pelo tumor, assim aumentando a eficiência deste tratamento.
As nanopartículas feitas de diamante são muito valiosas para a medicina, pois elas são não tóxicas, não são atacadas pelo sistema imunitário e, devido às suas dimensões, conseguem circular em todos os vasos sanguíneos do corpo.
No estudo, cientistas ligaram as nanopartículas a um medicamento usado frequentemente quimioterapia, e, ao injectarem em ratos com cancro do fígado, verificaram que a substância permanecia 10 vezes mais tempo no corpo do animal. Outra conclusão do estudo foi o facto de que como a ligação entre as substância só se rompe dentro do tumor, foi possível aumentar a dose administrada ao indivíduo sem comprometer as células saudáveis.
Com este estudo, verifica-se que há potencial em usar nanopartículas como auxiliares no tratamento do cancro, assim aumentando a probabilidade de sobreviver a esta enfermidade.

terça-feira, 8 de março de 2011

National Geographic põe casa a voar... com balões!


A equipa do programa How Hard Can It Be? do canal da National Geographic pôs à prova uma das últimas fantasias dos filmes de animação, e recriou a emblemática cena de Up - Altamente! em que a casa do velhinho Carl Fredericksen se ergue do chão, levada por milhares de balões cheios de hélio.

Os membros do programa construíram uma pequena casa e prenderam-na, depois, a 800 grandes balões, cada um deles cheios com o gás de uma botija de hélio. A casa conseguiu chegar aos três mil metros, tornando-se oficialmente no maior objecto que alguma vez voou agarrado a balões.



segunda-feira, 7 de março de 2011

Mito 2: Canja de Galinha cura a constipação?

Verdade


Resultado: 75% das pessoas acha que não e 12% acha a pergunta absurda
              
Usar a palavra curar parece exagerado, mas a ciência de facto comprova que a canja contém propriedades anti-inflamatórias que ajudam a reduzir a congestão! Portanto, quando os sintomas de uma constipação começarem a aparecer podemos "atacar" logo com um prato bem quentinho de canja.


domingo, 6 de março de 2011

Ciência em Portugal #3: Entrevista a Carlos Alberto Gomes Ribeiro

Continuamos a nossa rubrica com o nosso terceiro entrevistado, Carlos Alberto Gomes Ribeirolicenciado em Biologia, sendo, actualmente, Professor Auxiliar no Departamento de Biologia da Universidade dos Açores.
Queríamos, desde já, e mais uma vez, agradecer a sua disponibilidade e colaboração no nosso projecto.


1. Em que universidade estudou? Acha que isso influenciou a obtenção do seu primeiro emprego?

Estudei na Faculdade de Ciências de Lisboa, Universidade Clássica de Lisboa. Licenciei-me em Biologia, Ramo Científico na especialidade de Biologia Celular. A obtenção do meu primeiro emprego esteve dependente da classificação final do curso de 16 valores. Além desta classificação contou, essencialmente, o curriculum académico e científico que fui construindo ao longo do curso, designadamente, durante o meu estágio científico de um ano lectivo e das publicações/artigos científicos e relatórios de que fui o principal autor.
O meu primeiro emprego na área universitária data de Outubro de 1984 quando fui contratado como Monitor das Aulas Práticas de Biologia Celular na FCL. Em Setembro de 1990 fui contratado como Assistente Estagiário no Departamento de Biologia da Universidade dos Açores.


2. Fez alguma formação ou participou em algum programa de estudo no estrangeiro? Se sim, o que achou?

O Mestrado e o Doutoramento foram feitos em co-tutela Luso-Francesa entre as seguintes instituições: Universidade dos Açores - UA (Ponta Delgada), Instituto de Tecnologia Química e Biológica - ITQB (Oeiras) e Université de Montpellier II – (UM2) - Sciences et Techniques du Languedoc (Montpellier, França).
Foi importante porque me facultou uma compreensão abrangente do que era o mundo da ciência. Contudo, hoje em dia Portugal é um destino de acolhimento científico para estudantes estrangeiros dado o nível científico que alcançámos. Este facto não significa, porém, que não seja um fervoroso adepto da saída dos nossos estudantes universitários e investigadores para o estrangeiro para obterem uma visão global e integrada da universalidade científica.


3. Acha que o nosso país apoia suficientemente os jovens cientistas e/ou se tem potencial para competir com países mais desenvolvidos?

O nosso país não apoia suficientemente a educação, em geral, e a educação universitária, em particular. Neste contexto, muito menos apoia os jovens cientistas. No entanto, os portugueses têm tanto ou mais talento para a ciência como qualquer outro povo do mundo.
Costumo dirigir o trabalho de estudantes de Mestrado ou de Doutoramento tanto em Portugal como em França e os nossos estudantes estão entre os melhores. Para confirmar o que vos digo a totalidade dos meus antigos estudantes está a trabalhar na investigação em vários laboratórios espalhados pela Europa e América do Norte.
São investigadores seniores, professores universitários ou investigadores principais em laboratórios universitários e biotecnológicos ligados, por exemplo, à indústria biomédica.


4. Na sua opinião, o que é preciso para ser um profissional de sucesso na sua área?

Primeiro: É preciso gostar do que se quer fazer. Segundo: É preciso ser responsável e motivado. Ser honesto e verdadeiro. Terceiro: É preciso estudar e trabalhar muito.
A minha vida tem sido toda a trabalhar e a estudar!
Não pensem, porém, que só faço isto!.... Eheheheh… Divirto-me bastante! Gosto de conviver com os meus amigos, de sair, de viajar… Quase todos os fins-de-semana tenho um programa para me divertir… Gosto imenso de dançar e não se passa sábado nenhum que não vá “abanar o capacete”… Gosto de velejar, de montar a cavalo, de passear a pé (dou longas caminhadas) e de mergulhar… Os Açores têm fundos maravilhosos!....
No entanto, assumo o meu trabalho com grande sentido de responsabilidade e enquanto estou a leccionar ou a dirigir a investigação faço-o com todo o empenho e profissionalismo. Não sou vaidoso mas tenho orgulho no que faço… Desempenho as minhas funções com zelo, dedicação e sentido de servir.


5. É habitual divulgar a sua experiência em escolas ou universidades?

É meu hábito e prática corrente, divulgar a investigação e o meu conhecimento científico nas Escolas Secundárias da Região em Seminários e/ou Conferências e Cursos. Na universidade a veiculação do meu conhecimento científico é feita nas aulas teórico e práticas. Dedico-me, ainda, a leccionar cursos de divulgação científica, onde tenho como destinatários alunos seniores e professores de todos os graus de ensino. Neste âmbito faço a divulgação científica no quadro dos Temas de Biologia e Biomedicina, lecciono cursos de 25 horas sobre temas de Fisiopatologia (Doenças metabólicas, funcionais e genéticas) e Microbiologia Médica e Doenças Infecciosas.


6. Encontra-se actualmente a desenvolver algum novo projecto?

Tenho em mãos três importantes projectos científicos relacionados com o mundo da microbiologia e da biodiversidade. O primeiro diz respeito à vertente da designada Luta Biológica contra Insectos Pragas Agrícolas. O segundo tem por objecto o Estudo Metagenómico das Arqueobactérias Termoacidófilas e Hipertermoacidófilas das Fontes Hidrotermais da Ilha de S. Miguel: Potencial Genómico para a Produção de Biocatalizadores com Interesse Tecnológico. Finalmente, o terceiro diz respeito ao Estudo do Modo de Acção dos Factores de Virulência Produzidos por Bactérias Patogénicas Humanas.   


7. Pela sua experiência pessoal, relativamente a si e aos seus colegas de curso e colegas de profissão, acha que em Portugal é acessível e breve conseguir um emprego na área?

Actualmente, em Portugal, não é breve o acesso a um trabalho nesta área. Depende, contudo, da área científica em questão. Falando da Biologia, das Ciências da Saúde e da Biomedicina é possível aceder a uma profissão de investigador desde que se cumpra um “percurso do combatente” que inclui uma Licenciatura/Mestrado seguido de um Doutoramento. Em geral, este percurso contempla, ainda, alguns anos como Pós-Doc. Quando se atinge este patamar é usual o acesso a um posto estável e duradouro. A vida de estudo e trabalho de um investigador é muito aliciante e o segredo está na nossa motivação interior e no rigor com que enfrentamos a nossa profissão.
No entanto, qualquer que seja o percurso que tenhamos pela frente só há um modo de chegar ao fim: Trabalho, Competência e Conhecimento.


8. Enquanto alunos que somos, temos escolhas e decisões para fazer acerca do nosso futuro. Que opinião e conselhos nos pode dar quanto a seguir uma área das ciências ou enveredar pelo mesmo curso que escolheu?

Não há receitas mágicas… Se se tratasse de uma receita estávamos no campo da culinária… Eheheh… Sempre vos digo, com toda a honestidade e clareza, que devem escolher o que mais gostam de fazer. Devem escolher estudar as matérias que realmente vos vão ao jeito… A Matemática, a Física e a Química, na minha área científica são necessárias. No entanto, estas disciplinas não são nada de transcendente. Necessitam tanto de um ensino como de uma aprendizagem integradoras e com significado cognitivo. O mundo vivo actual é fruto de uma evolução, ou melhor, co-evolução, que tem pressupostos químicos, físicos, genéticos e bioquímicos. Logo, está em consonância com os princípios da termodinâmica, da física e da química… Lembrem-se que os seres vivos são sistemas abertos em equilíbrio com os ciclos de matéria e com o fluxo global de energia, que lutam incansavelmente contra a entropia do universo circundante.
Compreender os sistemas vivos e a sua evolução biológica e molecular é altamente aliciante. A compreensão do funcionamento dos sistemas vivos abre os horizontes no domínio da fisiologia que é um campo surpreendente repleto de emoções, à medida que se aprofundam os nossos conhecimentos. Depois, segue-se a compreensão das relações dos seres vivos uns com os outros e a revelação da maravilha das interacções celulares e moleculares entre eles.
O que mais vos posso dizer? Têm de possuir paixão pelo conhecimento! Têm que estar disponíveis para o conhecimento! Se quiserem enveredar pela minha área de especialidade, ou melhor, pelo meu curso, têm de estar disponíveis e motivados para aprender. Aprender não é decorar… Aprender é conhecer integramente o mundo vivo e o ambiente que o rodeia. Isto aplica-se a todas as áreas de investigação da Biologia e da Medicina.
Os meus melhores alunos começam a compreender isto a partir do início do segundo ano da faculdade… Espero que vocês entrem na universidade atentos a estes factos.


9. Sente-se realizado profissionalmente?

Sinto-me integralmente realizado pessoal e profissionalmente!
Aos meus dilectos alunos costumo dizer que adoro o que faço, que realizei o meu sonho desde a minha tenra idade. A frase que uso é a seguinte: “Tenho a profissão que sempre sonhei ter, faço o que realmente gosto, divirto-me imenso a trabalhar, viajo bastante e, ainda por cima, pagam-me um bom ordenado!”.
A minha profissão permitiu-me contactar com imensa gente de todo o mundo. Falo fluentemente Francês e Inglês e tenho amigos(as) em todos os cantos geográficos. Trabalhei em laboratórios com colegas de locais distantes e de culturas muito ricas. Aprendi que todos somos diferentes e, no entanto, iguais. Não existem diferenças entre os povos! Quando falo dos meus colegas franceses, ingleses, americanos, alemães, espanhóis, vietnamitas, chineses, indianos, paquistaneses, marroquinos, argelinos, egípcios, libaneses, canadianos, brasileiros, argentinos, equatorianos, belgas, japoneses, angolanos, moçambicanos, cabo-verdianos, neo-zelandeses… penso que referi todos… é com imensa saudade e carinho que os recordo!... É este conhecimento dos povos e das culturas que nos tornam muito ricos. A Ciência é o campo onde nos podemos encontrar e a linguagem científica que utilizamos é universal!
Os muros e os preconceitos da xenofobia e a intolerância caem por terra…

sábado, 5 de março de 2011

Smartphones usados para detectar cancros

Smartphones equipados com o que são essencialmente ressonâncias magnéticas "portáteis" podem diagnosticar  com precisão tumores que ponham em risco a nossa vida, dizem investigadores.




O scanner miniatura pode diagnosticar cancros mais rapidamente, com maior precisão, sendo ainda mais barato que as actuais técnicas usadas neste campo da medicina!

A ressonância magnética (MRI, Magnetic resonance imaging) e a ressonância nuclear magnética (NMR, Nuclear magnetic resonance) usam, normalmente, grandes e poderosas quantidades de ímans, mas isto é desnecessário quando a zona a ser scanizada é muito pequena. Assim, investigadores conseguiram desenvolver um aparelho que, mesmo incluindo esse íman, cabe na palma da nossa mão!

Neste estudo, cientistas usaram anti-corpos ligados a partículas de óxido de ferro magnético. Os anti-corpos "agarram-se" a qualquer composto específico  para os quais estejam destinados a procurar, neste caso células ligadas a cancros, enquanto que as partículas magnéticas melhoram a imagem dos compostos-alvo.
Foram realizados alguns testes em tecidos de pacientes, tendo sido depois o sacnner ligado  a um chip que pode ser inserido no smartphone.
Os investigadores conseguiram impulsionar a precisão da micro-RNM d 84% para 96%. A máquina foi também capaz de gerar resultados em menos de uma hora.

Para além do diagnóstico de cancro, os investigadores estão a tentar ver como poderia o scanner funcionar no diagnóstico de doenças como a tuberculose. A parte "telefónica" do smartphone podia também ser usada para enviar os resultados a especialistas para posterior examinação.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Novo monociclo: Slowheel

O ecológico Solowheel é a mais recente invenção da Investist, companhia especializada na concepção de dispositivos orientados para a deslocação em ambiente urbano. Este monociclo eléctrico é “auto-equilibrado”. O motor é de 1000 watts e a bateria de íon de lítio recarregável.

Segundo anuncia o fabricante, a bateria – que demora 45 minutos a carregar – tem uma autonomia de duas horas e pode recarregar-se mesmo em andamento, durante uma descida. Mais prático do que o Segway, pesa apenas nove quilogramas e tem uma base de apoio para os pés, em cada lado da roda, e uma pega para ser facilmente transportado à mão.

O dispositivo estará disponível em breve e custará, aproximadamente, 1000 euros. 



Centrais Nucleares no fundo do mar?

Pode parecer disparatado e perigoso, mas o governo Francês autorizou o estudo desta solução para a produção de energia nuclear em pequena escala, como forma de levar energia eléctrica a povoações costeiras remotas.
O projecto, denominado Flexiblue, envolve um tubo cilíndrico com 100 metros de comprimento e 15 de diâmetro dentro do qual estaria concentrada toda a equipagem da central nuclear, que produziria entre 50 e 250 MW.
Uma das vantagens deste tipo de reactores será o custo, a rondar as centenas de milhões de euros, em comparação com os 5 biliões de euros que são necessários para a construção de um tradicional reactor nuclear.
Existem, porém algumas reservas contra este projecto: em caso de acidente, ou de fuga radioactiva, todo o ecossistema marinho será severamente afectado, para além de que ainda não se sabe o que fazer com os resíduos radioactivos resultantes da fissão do urânio, portanto não é tanto cedo que vamos ver centrais nucleares no fundo do mar.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Vídeo de erupção solar!



Só recentemente se tornou possível observar tempestades solares em tempo real do "outro lado do Sol". As tempestades solares costumam atingir picos a cada 11 anos. Este pico deveria ocorrer em 2012, mas as atividades solares ainda estão muito abaixo da média.


terça-feira, 1 de março de 2011

Icebergues surgem na Nova Zelândia após sismo

O sismo de 6,3 na escala Richter, que devastou recentemente Christchurch, na Nova Zelândia, foi suficientemente forte para desprender 30 milhões de toneladas de gelo do glaciar Tasman no parque nacional Mt. Cook.


Passageiros de duas embarcações foram atingidos por ondas de mais de 3,5 metros de altura quando o gelo caiu para o lago Terminal, junto ao glaciar Tasman. Esta forte ondulação durou cerca de 30 minutos.



segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Ciência em Portugal #2 - Entrevista a Tiago Fleming Outeiro



Um dos objectivos iniciais do nosso projecto era divulgar o trabalho de cientistas portugueses no nosso país e no mundo, bem como ter conhecimento das suas experiências profissionais.
 
Hoje apresentamos o nosso segundo entrevistado,  Tiago Fleming Outeiro, cientista
português licenciado em bioquímica.
Queríamos, desde já, e mais uma vez, agradecer a sua disponibilidade e colaboração no nosso projecto.

1.         Em que universidade estudou? Acha que isso influenciou a obtenção do seu primeiro emprego?

Estudei na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Escolher uma Faculdade com qualidade reconhecida e importante, mas ainda mais importante e esforçarem-se por adquirir uma formação sólida, acompanhada de boas notas. Isso sim, influencia o primeiro emprego, que em ciência passa pela obtenção de bolsas de investigação.

2.         Temos conhecimento que passou algum tempo nos EUA a estudar e a desenvolver projectos. O que achou da sua experiência?

Foi uma experiência muito enriquecedora, a nível profissional e pessoal. Acima de tudo, foi útil por me ter permitido contactar com pessoas diferentes, com formas de pensar diferentes, e com um mundo um pouco diferente do nosso.


3.         Acha que o nosso país apoia suficientemente os jovens cientistas e/ou se tem potencial para competir com países mais desenvolvidos?

Acho que o nosso país apoia os jovens investigadores mais do que outros países, pois existem bolsas que nos permitem ir para fora para fazermos a nossa formação. Não há muitos países que façam isto pelos jovens. No entanto, e sempre preciso fazer mais, e fazer bem, pelo que será importante continuar a apostar na formação continuamente, para que sejamos cada vez mais competitivos.


4.         O seu mérito já foi reconhecido por várias vezes, pelo que o podemos considerar uma referência. Na sua opinião, o que é preciso para ser um profissional de sucesso na sua área?

O mérito na ciência é algo que não se atinge, procura-se. Eu não sinto que tenha mérito, sinto que me tenho esforçado por fazer coisas com valor. Assim, o que considero essencial para termos sucesso e uma grande dedicação, muito trabalho, e também alguma sorte.


5.         É habitual divulgar a sua experiência em escolas ou universidades?

Sim, com alguma frequência vou a escolas e universidades falar do trabalho que fazemos, pois isso é essencial para que as pessoas compreendam e possam continuar a apoiar a investigação.


6.         Encontra-se actualmente a desenvolver algum novo projecto?

Estamos sempre a desenvolver projectos novos. Isso é investigação, por definição. Não se fazem projectos antigos… estamos sempre a tentar descobrir novos caminhos, novas pistas, para podermos chegar a novas formas de intervenção terapêutica para doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.


7.         Enquanto alunos que somos, temos escolhas e decisões para fazer acerca do nosso futuro. Que opinião e conselhos nos pode dar quanto a seguir uma área das ciências ou enveredar pelo mesmo curso que escolheu?

Para quem quer fazer investigação, não é tão importante se fazem o curso A, B, ou C. O importante e que sejam capazes de adquirir bases sólidas e a capacidade de terem pensamento crítico sobre aquilo que vão encontrando. Se querem fazer investigação na área das ciências biomédicas, em que trabalho, podem optar por fazer licenciaturas/mestrados em biologia, bioquímica, química, engenharia biológica, biotecnologia, medicina… ou mesmo matemática, física, etc. Têm de se esforçar por terem boas notas, por saberem um pouco de outras áreas também, e têm de desenvolver a capacidade de não desistirem das coisas facilmente. Estes são alguns conselhos que considero importantes para jovens na vossa idade. Nada é fácil, e nada e consegue sem esforço.


8.         Sente-se realizado profissionalmente?

Muito! Posso dizer que tenho a sorte de trabalhar naquilo que gosto e me realiza!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Canhotos são mais mal humorados


Respira, respira… Respira…
Um estudo, conduzido pela psicóloga Ruth Propper, da Universidade de Merrimack, nos EUA, mostrou que, em pessoas canhotas, as duas metades do cérebro comunicam-se de forma levemente diferente do que nas destras (direitas).
Por consequência disso, acabam por interagir mais com as áreas que produzem emoções negativas, o que torna os canhotos mais sujeitos a variações de humor – tendendo ao mau.

estudo, publicado no Journal of Nervous and Mental Disease, aponta que, além da diferença biológica, as frustrações “por viver num mundo feito para destros” – onde tudo, desde abridores de garrafa a tesouras, é desenhado, na maior parte das vezes, “sem os levar em consideração” – também ajudam a tornar os dias do amigo canhoto um pouquinho mais cinzentos.